Em 1969 eu tinha 14 anos e frequentava o 1º. ano do Curso Geral do Comércio, na Escola Comercial Patrício Prazeres. Nesse ano Francisco Nicholson e o compositor António Braga dos Santos convidam Maria da Fé, que actuava na "Parreirinha", a concorrer ao Festival RTP da Canção. Foi a primeira fadista a participar neste Festival. Interpretou então a canção "Vento do Norte", com a orquestra dirigida pelo maestro José Mesquita. Não ganhou, sendo a vitória atribuída à canção "Desfolhada" interpretada pela Simone de Oliveira, mas "Vento do Norte" alcançou um grande sucesso de interpretação e um grande sucesso de vendas discográficas. Eu adorei esta canção e ficou-me logo no ouvido a letra e a música da canção. Era frequente eu andar a cantá-la.
Nessa altura na minha escola foi criado um jornal dos e para os alunos. Todos fomos convidados a participar. Foi então que resolvi escrever um poema intitulado "O Vento Norte". A letra da canção começava por "O VENTO DO NORTE, DO NORTE SOPRAVA" e foi publicado no jornal da escola o seguinte poema da minha autoria:
O VENTO NORTE
O vento soprava
E tudo levava
Em noite de temporal,
Com uma fúria banal!
Era o vento do Norte
Que soprava forte!
Mas, por fim, foi-se embora
Ao nascer da aurora!
E o sol voltou,
E a todos encantou!
Novo dia começava,
P’ra esquecer o que passava.
Jorge Manuel Cabrita Trigo
Jornal da Escola Comercial Patrício Prazeres
1969
Os versos que não teriam grande qualidade literária foram impressos e ilustrados por um desenho meu muito simples, de um jovem de 14 anos.
Era para mim impensável que um dia, 41 anos depois, eu estaria como apresentador na sessão de homenagem pelos 50 anos de carreira do autor da letra da canção "Vento do Norte".
Quanto à Maria da Fé tive a oportunidade de estar com ela há poucos anos, no excelente auditório do liceu Camões, na sessão de lançamento do livro sobre o grande homem do Atletismo e autor de fados e canções de grande êxito Mário Moniz Pereira.
Apetece-me dizer, como outro grande homem, o Fernando Pessa: - E esta? eih?
Nessa altura na minha escola foi criado um jornal dos e para os alunos. Todos fomos convidados a participar. Foi então que resolvi escrever um poema intitulado "O Vento Norte". A letra da canção começava por "O VENTO DO NORTE, DO NORTE SOPRAVA" e foi publicado no jornal da escola o seguinte poema da minha autoria:
O VENTO NORTE
O vento soprava
E tudo levava
Em noite de temporal,
Com uma fúria banal!
Era o vento do Norte
Que soprava forte!
Mas, por fim, foi-se embora
Ao nascer da aurora!
E o sol voltou,
E a todos encantou!
Novo dia começava,
P’ra esquecer o que passava.
Jorge Manuel Cabrita Trigo
Jornal da Escola Comercial Patrício Prazeres
1969
Os versos que não teriam grande qualidade literária foram impressos e ilustrados por um desenho meu muito simples, de um jovem de 14 anos.
Era para mim impensável que um dia, 41 anos depois, eu estaria como apresentador na sessão de homenagem pelos 50 anos de carreira do autor da letra da canção "Vento do Norte".
Quanto à Maria da Fé tive a oportunidade de estar com ela há poucos anos, no excelente auditório do liceu Camões, na sessão de lançamento do livro sobre o grande homem do Atletismo e autor de fados e canções de grande êxito Mário Moniz Pereira.
Apetece-me dizer, como outro grande homem, o Fernando Pessa: - E esta? eih?